domingo, 27 de março de 2011

Dançando Lambada ê!!!!

No blog iremos lembrar ou tentar lembrar tudo o que ocorreu nos anos 90, tentando inclusive, fazer um paralelo com os dias de hoje. Afinal, a moda é cíclica, o mundo dá voltas e sempre bom redescobrir coisas que você considerava ultrapassadas.

Esses dias, achei que ouvia no rádio KAOMA – LAMBADA. Ai Caramba!!! L-A-M-B-A-D-A!!! Foi um absurdo isso! Todas as meninas tinham uma saia rodada estampada ou flúor (ta vendo como as coisas são cíclicas?) para dançar lambada... era febre...acho que uma das primeiras dessa década.
Mas, ta aí... Kaoma. Por que essa música? Culpa da J-Lo na música ‘On the Floor’(
♫♪ Chorando se foi...♪♫)
. Tem um sample de Lambada nela e ficou sensacional!!! Com isso a cabeça começou a relembrar e não parou mais.

De acordo com a Wiki, a lambada ‘é um gênero musical surgido no Pará, na década de 1970, tendo como base o carimbó e a guitarrada, influenciada por ritmos como a cumbia e o merengue.
Diversos relatos de paraenses contam que uma emissora local chamava de "Lambadas" as músicas mais vibrantes. Com uma gigantesca estrutura de marketing e músicos populares, o grupo Kaoma lançou com êxito a lambada na Europa e outros continentes. Adaptada ao ritmo, a música boliviana "Llorando se fue" tornou-se o carro chefe da novidade pelo mundo. Como acontece com certa freqüência em outras situações, a valorização do produto só se deu após reconhecimento no exterior. Seguiu-se um período intenso de composições e gravações de lambadas tanto no mercado interno quanto externo. Os franceses, por exemplo, compraram de uma só vez os direitos autorais de centenas de músicas. Dezenas de grupos e diversos cantores pegaram carona no sucesso do ritmo, como Beto Barbosa, Marcia Ferreira, Manezinho do Sax, outros ainda incrementando suas carreiras, como foi o caso de Sidney Magal.
            Ó o fluor aí...será que isso me cegou ao longo desse tempo?? Oo'

Essa onda embarcou também na novelas. Rainha da Sucata, da Rede Globo, exibida entre 2 de abril a 29 de outubro de 1990. Na sinópse, Maria do Carmo fez fortuna acreditando no negócio do pai, Onofre, já falecido, que trabalhava com ferro-velho. Ela chega aos anos 1990 com os negócios ampliados e consolidados, podendo abrir uma lambateria no alto de um edifício de sua propriedade na avenida Paulista.
Apesar disso, ela ainda guarda uma mágoa de Edu, por quem foi humilhada no passado.
Maria do Carmo aproxima-se de Edu, e, acenando com sua conta bancária, conquista-o para o casamento. Ele aceita se casar com ela por dinheiro, mas depois se apaixona de verdade. Ela, então, conhece dias de terror ao enfrentar a vilã Laurinha Figueroa, que é apaixonada pelo enteado e não se conforma em perder Edu para a "sucateira".
O casamento é acompanhado de perto por outros infortúnios. Os negócios de Maria do Carmo enfrentam a derrocada econômica provocada por seu administrador mau-caráter, Renato Maia. E ela ainda perde o prédio na Paulista para sua vizinha, Dona Armênia, a legítima proprietária.
Em contrapartida, há o misterioso Jonas, que se emprega como mordomo na mansão dos Figueroa para descobrir o verdadeiro motivo de perseguição dos Figueroa e da irmã de Betinho, Isabelle de Bresson, à sua filha Paula, uma repórter iniciante, que, para alcançar o sucesso profissional, passa a acompanhar o dia-a-dia de Maria do Carmo, como um paparazzo. Era legal que na abertura, feita pelo Hans Donner em stop-motion, ele usou sucatas mesmo,como ventilador, mola, balde para criar uma dançarina de lambada. A música de abertura era ‘Me chama que eu vou’ do Sidney Magal e além das trilhas nacional e internacional, lançaram especialmente a trilha desse ritmo paraense.


Como todas as novelas, algo da vida real foi imcorporado ao enredo: O Plano Collor, do então presidente Fernando Collor de Melo. O Brasil sofria com a inflação e esse plano através dos confiscos das cardenetas de poupança, tentava controlar a situação. Lembra da Zélia Cardoso de Melo, dos marajás? O povo brasileiro foi roubado, enganado. Até hoje, muita gente ainda não recebeu seu dinheiro de volta.



                          E esse cara voltou aos braços do povo ¬¬




Só não consigo parar de rebolar. Alguém dança comigo???

HEI!! EÔ EÔ EÔ!! ♫♪

Tá aí..um post falando sobre esse ritmo que está voltando com tudo, passando pela novela e também política...esse é o espírito do blog...viajar por todos os aspectos dos anos 90. Tá ouvindo?? ♫♪ Me chama que eu vou... ♫♪♫

quarta-feira, 23 de março de 2011

A Origem

Esse blog é nostalgia pura!!!! E aconselho você, caro leitor, a ouvir  [insira aqui sua trilha sonora favorita dos anos 90: vale Corona, SNAP, Boy Bands em gral, Lambada, É o Tchan] enquanto lê (viaja) por aqui.
Quem vive, consome e se deixa consumir pela cultura pop, vai entender que todo esse universo é muito mágico e viciante.
Os Anos 90 marcaram a passagem de todo o exagero dos Anos 80 e o aguardo do futuro, uma nova era: Os Anos 2000. Tudo foi muito coreografado a base de lambada, os passinhos da dance music nas danceterias, passando pelas boy bands (de Take That a Backstreet Boys), as meninas agindo como se fossem umas das Spice Girls. O Rock não perdeu majestade. Depois da época perdida, ele se revitalizou com o Grunge. Nirvana veio para revolucionar o revolucionário. Mas nessa década também perdemos grande poetas como Cazuza e Renato Russo. O próprio Kurt Cobain se foi em circunstâncias até hoje discutidas. Assim também, Mamonas Assassinas, um sucesso tão meteórico, mas o suficiente para marcar quem viveu naquela época. No meio musical, ainda valia tudo. A rádio tinha papel fundamental, afinal, quem nunca ligou numa estação, pedindo uma música e implorando para o locutor não soltar vinheta por cima dela, para poder gravá-la numa fita K7?? Isso era tão comum... O cd ainda não era tão popular, downloads e  MP3 nem existiam, a internet começava a se popularizar, mas ainda era sonho distante. Vista ainda com outros olhos, junto com a chamada globalização.
A TV teve papel de destaque. Se hoje o que você tem com a Internet, era o mesmo que sentíamos pela TV (amor verdadeiro, amor eterno). As crianças acostumadas com Xuxa se depararam com uma surpresa: Os animes especialmente Os Cavaleiros do Zodíaco, na Manchete. Seiya e seus amigos chegaram fazendo barulho. Elevaram tanto os seus cosmos que incomodaram a Globo na audiência. Outro produto da Manchete, a novela Pantanal, também foi cutucar a ferida da Vênus Platinada. Ahhh... As novelas... pareciam que eram bem melhores que as de hoje. Carrossel, Vamp, Rei do Gado, Éramos seis. Os dramalhões mexicanos como Maria do Bairro vieram para formar o caráter de muita gente aí. Tinha Escolinha do Professor Raimundo, que transformou personagens do humor na época em ícones. Ainda na TV, tinha a programação da TV Cultura que encantava crianças e adultos na época com programas como No Mundo Da Lua e Castelo Ra Tim Bum.
Pedir Super Nintendo de natal era tão normal (a Sony e o Playstation vieram ganhar seu lugar já no fim da década) e era um evento desafiar a turma da rua nas máquinas dos fliperamas. Super Mário era super mesmo, tinha Dragon Quest, Street Fighter (HADOUKENNN!!!!), Mortal Kombat...era diversão que não acabava mais.
Todo mundo teve seu bichinho virtual; colecionava álbum de figurinhas de chiclete; lotou cinema para ver Titanic, Jurassic Park; queria usar o uniforme igual ao das Chiquititas; viu o Brasil ganhar uma Copa do Mundo, perder duas e conhecer o real sentido de jogo comprado; teve o impeachment; o real; chorou com a morte de Senna... enfim...é muita coisa para ser lembrada de uma vez só...vamos aos poucos, em doses homeopáticas. A nostalgia é doce. Ou agridoce. Mas o que aconteceu, não foi de todo mal.