quarta-feira, 23 de março de 2011

A Origem

Esse blog é nostalgia pura!!!! E aconselho você, caro leitor, a ouvir  [insira aqui sua trilha sonora favorita dos anos 90: vale Corona, SNAP, Boy Bands em gral, Lambada, É o Tchan] enquanto lê (viaja) por aqui.
Quem vive, consome e se deixa consumir pela cultura pop, vai entender que todo esse universo é muito mágico e viciante.
Os Anos 90 marcaram a passagem de todo o exagero dos Anos 80 e o aguardo do futuro, uma nova era: Os Anos 2000. Tudo foi muito coreografado a base de lambada, os passinhos da dance music nas danceterias, passando pelas boy bands (de Take That a Backstreet Boys), as meninas agindo como se fossem umas das Spice Girls. O Rock não perdeu majestade. Depois da época perdida, ele se revitalizou com o Grunge. Nirvana veio para revolucionar o revolucionário. Mas nessa década também perdemos grande poetas como Cazuza e Renato Russo. O próprio Kurt Cobain se foi em circunstâncias até hoje discutidas. Assim também, Mamonas Assassinas, um sucesso tão meteórico, mas o suficiente para marcar quem viveu naquela época. No meio musical, ainda valia tudo. A rádio tinha papel fundamental, afinal, quem nunca ligou numa estação, pedindo uma música e implorando para o locutor não soltar vinheta por cima dela, para poder gravá-la numa fita K7?? Isso era tão comum... O cd ainda não era tão popular, downloads e  MP3 nem existiam, a internet começava a se popularizar, mas ainda era sonho distante. Vista ainda com outros olhos, junto com a chamada globalização.
A TV teve papel de destaque. Se hoje o que você tem com a Internet, era o mesmo que sentíamos pela TV (amor verdadeiro, amor eterno). As crianças acostumadas com Xuxa se depararam com uma surpresa: Os animes especialmente Os Cavaleiros do Zodíaco, na Manchete. Seiya e seus amigos chegaram fazendo barulho. Elevaram tanto os seus cosmos que incomodaram a Globo na audiência. Outro produto da Manchete, a novela Pantanal, também foi cutucar a ferida da Vênus Platinada. Ahhh... As novelas... pareciam que eram bem melhores que as de hoje. Carrossel, Vamp, Rei do Gado, Éramos seis. Os dramalhões mexicanos como Maria do Bairro vieram para formar o caráter de muita gente aí. Tinha Escolinha do Professor Raimundo, que transformou personagens do humor na época em ícones. Ainda na TV, tinha a programação da TV Cultura que encantava crianças e adultos na época com programas como No Mundo Da Lua e Castelo Ra Tim Bum.
Pedir Super Nintendo de natal era tão normal (a Sony e o Playstation vieram ganhar seu lugar já no fim da década) e era um evento desafiar a turma da rua nas máquinas dos fliperamas. Super Mário era super mesmo, tinha Dragon Quest, Street Fighter (HADOUKENNN!!!!), Mortal Kombat...era diversão que não acabava mais.
Todo mundo teve seu bichinho virtual; colecionava álbum de figurinhas de chiclete; lotou cinema para ver Titanic, Jurassic Park; queria usar o uniforme igual ao das Chiquititas; viu o Brasil ganhar uma Copa do Mundo, perder duas e conhecer o real sentido de jogo comprado; teve o impeachment; o real; chorou com a morte de Senna... enfim...é muita coisa para ser lembrada de uma vez só...vamos aos poucos, em doses homeopáticas. A nostalgia é doce. Ou agridoce. Mas o que aconteceu, não foi de todo mal.

Um comentário:

  1. sobreviventes dos anos 90 ou genuínos da década perdida? Lindeza de post.

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